quinta-feira, 19 de maio de 2011

Brasil produtivo: norma internacional vai certificar eficiência energética na indústria

ISO 50.001 surge como aliada importante do Plano Nacional de Energia para os próximos 20 anos

http://www.dolceta.eu/united-kingdom/Mod5/-Domestic-appliances-and-multimedia-.html

Empresas que promovam políticas de sustentabilidade energética e o uso eficiente da energia receberão uma certificação internacional, a partir do segundo semestre deste ano. 

A ISO 50.001 é fruto de uma iniciativa conjunta do Brasil e dos Estados Unidos, e foi criada a partir da demanda por uma norma internacional que privilegiasse o consumo consciente de energia.

De acordo com Alberto Fossa, coordenador da Comissão de Gestão da Energia da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e consultor do Procobre Brasil – uma das entidades que colaboraram na elaboração da ISO 50.001 – a nova norma foi criada para balizar três aspectos referentes ao consumo de energia: o qualitativo (tipo de uso), o quantitativo (uso racional) e o tecnológico (eficiência). 

O Procobre Brasil faz parte da ICA (International Copper Association), organismo que coordena todas as atividades relativas à ISO 50.001, incluindo apoio técnico e consultoria a outros centros de promoção do cobre mundo afora, especialmente na Bélgica, China e Índia.

No âmbito da ICA, o Programa de Energia Elétrica Sustentável promove ações para otimizar o uso do cobre nos sistemas  elétricos, visando impulsionar a eficiência energética, a proteção ao meio ambiente, a segurança e a confiabilidade na geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

A nova norma, ISO 50.001, deve contribuir com o Plano Nacional de Energia (PNE 2030), que considera a eficiência energética como fundamental para garantir o suprimento de energia nos próximos anos. 

Outro plano, ainda em elaboração, o PNEF – Plano Nacional de Eficiência Energética – cita explicitamente a ISO 50.001 como “uma ferramenta importante na disseminação dos conceitos de eficiência energética no país”.

O PNEF propõe políticas para o setor industrial, tais como incentivos fiscais para modernização e eficiência energética, critérios de desempenho energético para a concessão de financiamentos, certificados de redução de consumo e metas de eficiência – com base em índices de referência – para diversos setores da indústria. 

A nova ISO (International Organization for Standardization) deverá fomentar o uso de produtos e equipamentos eficientes, como os motores elétricos certificados com o selo do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), junto ao setor produtivo e consumidores.

Para Fossa, “a grande maioria das empresas adotará a ISO 50.001 como forma de demonstrar ao mercado seu compromisso com a sustentabilidade; a sociedade tem identificado de forma mais contundente diferenças entre empresas responsáveis e não responsáveis”. 

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