quarta-feira, 14 de março de 2012

Albert Einstein: há 133 anos nascia o ‘pai’ da teoria que revolucionou a ciência

‘O que eu vejo na natureza é uma magnífica estrutura que só conseguimos entender com muita imperfeição, mas que pode satisfazer a uma pessoa com sentimento de humildade’, declarava Einstein em 1944

(FOTO: Arthur Sasse, 1951) http://www.flixya.com/photo/2195068/Albert-Einstein-1951

Dois séculos após Newton ter estabelecido as leis da mecânica e da gravidade, Einstein mudou a compreensão do universo, com sua Teoria da Relatividade Geral.

Até então, as leis de Newton eram usadas para explicar vários fenômenos astronômicos, como as órbitas dos planetas do sistema solar. Mas nem tudo era completamente explicado pela mecânica newtoniana e, muito antes de Einstein, cientistas já questionavam o alcance daquela teoria.

A medida exata de distâncias e tempos envolvendo os movimentos de astros carecia de uma teoria mais abrangente. E foi Einstein o autor de uma nova teoria, capaz de descrever espaço e tempo como grandezas “relativas” e, assim, propiciar a determinação precisa de eventos astronômicos.

Até chegar a uma teoria de abrangência “ilimitada”, Einstein previu que alguma coisa movendo-se no espaço a uma velocidade próxima à da luz levaria um tempo menor para traçar uma dada trajetória, do que aquele medido por um observador na Terra.

Outra constatação do gênio foi a de que a velocidade da luz é constante e independente da velocidade do observador que a está medindo. Nenhum objeto pode se mover a uma velocidade superior à da luz, conclui Einstein.

Apesar da descoberta recente – neutrinos movendo-se com velocidade superior à da luz – que levou cientistas a questionar o campo de validade da teoria de Einstein, seu extraordinário legado à ciência permanece incontestável.

A ciência é assim mesmo, feita de uma sucessão irrefreável de paradigmas, uns dando suporte e lugar a outros. No que tange a luz, uma série de descobertas teve como protagonistas Maxwell, Morley e Michelson, Einstein e agora os cientistas do projeto internacional Opera.

Einstein também teve suas dúvidas, especialmente em relação a uma teoria cosmológica que pudesse explicar a origem do universo.

Ele chegou a negar, mas depois voltou a considerar, a hipótese do “éter” – algo que explicasse a falta de matéria no espaço prevista pela teoria – sem lhe atribuir “um estado definido de movimento”, como afirmara em uma conferência na Universidade de Leyden, Holanda, em 1920.

Albert Einstein nasceu em 14 de março de 1879, em Ulm, Alemanha. Morreu em 18 de abril de 1955, em Princeton, Estados Unidos.

Destacamos a seguir alguns fatos marcantes da vida de Einstein. Nossa singela homenagem ao gênio, no dia do seu aniversário. 

1901: reprovada sua defesa de tese de PhD apresentado à Universidade de Zurique, Suíça.
1902 a 1909: trabalha no Serviço de Patentes de Berna, Suíça, como perito técnico, atividade que não impede Einstein de desenvolver suas ideias.
1903: casa-se com Mileva Maric, com quem tem dois filhos.
1905: completa sua tese de PhD e publica quatro artigos científicos (dois deles, esboços de sua Teoria da Relatividade Especial), muito bem recebidos pela comunidade científica internacional. “Ano milagroso” de Einstein.
1907: publica um artigo pioneiro sobre a Teoria Quântica, considerada a maior descoberta da Física no século XX.
1909: nomeado professor da Universidade de Zurique, onde é agraciado com vários títulos honorários por suas valiosas contribuições para a ciência.
1914: muda-se para Berlim, após uma rápida passagem por Praga, para trabalhar em um prestigiado instituto de pesquisas. Torna-se membro da Academia Real de Ciências e Letras de Berlim. 1914: separa-se de Mileva.
1915: incorpora o efeito gravitacional à sua teoria da relatividade e publica uma nova e complexa versão, que se tornaria a Teoria da Relatividade Geral.


1919: casa-se com Elsa Lowenthal, que já tinha duas filhas.
1919: Crommelin e Eddington (renomados astrônomos) expõem em Londres os resultados de suas pesquisas: a análise do espaço com base em fotos de estrelas tiradas durante um eclipse do Sol. O exame das fotos revelou que as estrelas haviam “mudado de lugar”, fato inusitado e sem explicação plausível. Tal observação causou estupefação na plateia de ilustres cientistas que assistia à palestra, mas não surpreendeu Einstein, um dos presentes. Quatro anos antes, ele havia prognosticado o fato, ao deduzir que a luz proveniente de estrelas distantes se curvaria ao passar pelo Sol, induzindo observadores na Terra a crer que as estrelas tivessem se movimentado.
1921: recebe o Prêmio Nobel de Física, pelo trabalho concluído em 1905, especialmente por estabelecer a lei do efeito fotoelétrico.
1925: participa com Mahatma Gandhi de uma campanha pela abolição do serviço militar obrigatório. Viaja ao Brasil; visita instituições científicas e culturais no Rio de Janeiro.
1933: muda-se com sua família para os Estados Unidos.
1936: torna-se cidadão americano. Morre sua segunda esposa, Elsa.
1939: escreve ao presidente dos Estados Unidos (Roosevelt) sobre a possibilidade de se desenvolver armas com alto poder destrutivo baseadas em forças atômicas. Sua contribuição para derrotar o nazismo.
1943: nomeado por Roosevelt consultor especial em explosivos de alto poder da Marinha Americana. Mais tarde, declara-se arrependido de haver encorajado os Estados Unidos a construir a bomba atômica, reconhecendo que a gigantesca energia liberada na fissão nuclear nunca deveria ser usada para a destruição, mas para melhorar o mundo.
1952: convidado pelo Estado de Israel para se tornar o seu segundo presidente, como recompensa pelo que havia feito pelo povo judeu e pela paz mundial. Einstein, então com 71 anos e doente, recusa o convite. 

Fonte: “Albert Einstein”, Fiona Macdonald. Watford, Inglaterra: Exley Publications, 1992.

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