quinta-feira, 1 de março de 2012

Professores de instituições federais podem ter salário equivalente a 86% do que recebiam em 1998

Caso a categoria se contente com a proposta oficial de 4% em 2012 e nada mais até 2014, perda em relação ao salário no governo FHC será ‘significativa’, dizem especialistas 

http://quixabeiranews.blogspot.com/2012_02_01_archive.html

Segundo análise feita pelo jornalista Marco Bahé e o professor e Doutor em Finanças Pierre Lucena – editores do blog Acerto de Contas – considerando uma previsão de inflação de 6,5% em 2011 (valor confirmado pelo IBGE) e 5% em 2012 e 2013, o salário de um professor-doutor em início de carreira (Adjunto 1) terá sofrido uma perda de 14% no período 1998-2013.

“É possível verificar certa estabilidade nos vencimentos dos professores, desde 1998; não há ganho significativo do salário em nenhum momento, apenas a reposição da inflação, seja no Governo FHC, seja no Governo Lula”, afirmam os blogueiros.

De acordo com o estudo, no final do primeiro governo FHC, um Professor Adjunto 1 recebia cerca de R$ 3,4 mil, salário superior ao dos pesquisadores do MCT e do IPEA com mesma titulação.

No entanto, observando a evolução salarial das três carreiras (1998-2011), verifica-se que os professores das universidades federais tiveram seus salários reajustados bem abaixo do que foi concedido aos pesquisadores do MCT e IPEA.

Enquanto o doutor (Professor Adjunto 1 das IFES) recebia em 2011 pouco mais de R$ 7,3 mil, o do MCT recebia cerca de R$ 10,3 mil e o do IPEA quase R$ 13 mil.

“Para equiparar-se aos salários do MCT, seria preciso um reajuste no salário dos docentes por volta de 41,1%, e para equiparar-se aos do IPEA, seria necessário um reajuste de 76,7%”, dizem Bahé e Lucena.

Descontada a inflação, o salário real do professor em 2011 foi 2,8% menor do que em 1998; as outras duas carreiras tiveram ganhos reais no mesmo período.

Enquanto isso em Brasília, o governo “deita e rola” em cima dos representantes sindicais dos professores das IFES. As “negociações” iniciadas no final de 2010 parecem não ter avançado um milímetro sequer desde então. A categoria permanece atônita e fortemente desmobilizada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário