Para Salim Lamrani, visibilidade espetacular da
blogueira cubana é fruto de fraude no Twitter
e mentiras sobre acesso à internet
A blogueira Yoani Sánchez,
em Havana, Cuba (FOTO: AFP/Getty Images)
http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun
Em artigo publicado no
portal mexicano La Jornada no último
dia 26, o especialista em relações Cuba-Estados Unidos Salim Lamrani levanta
várias suspeitas sobre as atividades de Yoani Sánchez no Twitter, para contestar a ditadura
cubana.
Lamrani, que é Doutor em
Estudos Ibero-americanos pela prestigiosa Universidade de Sorbonne, desconstrói
a imagem quixotesca que Sánchez tentar passar aos internautas.
Após ter emigrado para a Suíça
em 2002, Yoani Sánchez regressa a Cuba em 2004 e, em 2007, cria o blog Generación Y , tornando-se uma contumaz
detratora do governo de Havana. Pelas contas de Lamrani, Sánchez
já teria recebido 250 mil euros em premiações internacionais, quase 18 mil
vezes o salário mensal dos habitantes da Ilha.
O jornalista francês
afirma que Sánchez tem “estreitas relações” com a diplomacia americana, a ponto
de causar preocupação em autoridades, depois que o WikiLeaks
vazou sobre as visitas regulares da blogueira ao diplomata
Michael Parmly, em sua residência oficial em Havana.
Sánchez declara ter 214
mil seguidores no Twitter
(registrados em 12 de fevereiro de 2012), dos quais uma quantidade irrisória vive em Cuba: 32. Alega
seguir 80 mil pessoas no microblog e diz que posta apenas por sms, “sem acesso
à web”. Lamrani é taxativo: via
sms ou com acesso à internet somente uma vez por semana (de um hotel, como diz
Sánchez) é impossível seguir 80 mil tuiteiros.
No site especializado em Twitter www.followerwonk.com,
ele constatou uma intensa atividade na conta de Sánchez, a partir de junho de
2010. Ela teria criado diariamente mais de 200 contas, com picos de até 700 em
um único dia. Isto só seria possível com auxílio de um “robô da informática”,
escreve Lamrani.
Cerca de 13% dos
seguidores reivindicados por Sánchez teriam perfis sem foto e, quase 10%, “características
de contas fantasmas”, sem atividades mínimas na rede. São muitos os indícios
detectados por Lamrani, que o levam a concluir que “esta operação destinada a
criar uma popularidade fictícia via Twitter
é impossível ser feita sem acesso à internet”.
Há ainda a questão do custo
que a blogueira teria para postar seus textos via Twitter. Para publicar a média (verificada em 2011) de 400 posts
mensais no Generación Y, Sánchez precisaria
desembolsar o equivalente a 25 mil euros todo mês.
Salim Lamrani termina seu
artigo com muitas perguntas. Como Yoani pode seguir 80 mil contas sem acesso
permanente à internet? Como chegou a se inscrever em até 700 contas Twitter em
um só dia? Quem financiou a criação de tantas contas fictícias? Quantos
seguidores ela realmente tem? Que interesses estão por trás da figura de Yoani
Sánchez?
Fonte: http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun
Fonte: http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun
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