sábado, 9 de junho de 2012

Tá frio? Aproveite para perder peso

Caminhar em baixas temperaturas após as refeições faz emagrecer, sugerem cientistas americanos 

Caminho Inka, nas proximidades de Cusco, Peru (FOTO: Antonio Pralon)

A substância responsável pelo feito seria a “gordura marrom” – uma fonte natural de lipídios e essencial ao nosso metabolismo – que fornece a energia (calor) necessária para manter a temperatura do corpo em torno de 37oC.

No frio, a produção de gordura marrom aumenta, para produzir ainda mais calor e, assim, garantir ao corpo uma temperatura próxima do ideal, o que intensifica a perda de calorias.

A descoberta foi quase “casual”, fruto de um estudo do Centro de Pesquisa em Diabetes de Joslin, de Boston (EUA), que investigava uma possível ação da efedrina (um acelerador de metabolismo) sobre a gordura marrom.

Um grupo de voluntários recebeu por via injetável efedrina e, um outro, uma solução salina (placebo); ambos foram submetidos a uma temperatura de 14oC durante duas horas, mediante o uso de coletes resfriadores. 

O resultado mostrou que as duas substâncias agiram no “sistema nervoso simpático”, responsável por reações de “luta ou de fuga”, como o aumento da pressão arterial.

Mas em ambos os casos o teor de gordura marrom cresceu, levando os cientistas a crer que apenas o frio ativa aquela fonte de lipídios. “É a primeira que se demonstrou que a efedrina não ativa a gordura marrom”, diz o líder da equipe que realizou a pesquisa, Dr. Aaaron Cypess.

A exposição do corpo a temperaturas amenas estimula o gasto de energia, o que sugere que “vias simpáticas específicas” são ativadas pelo frio, propiciando uma abordagem promissora para o tratamento da obesidade com efeitos sistêmicos mínimos, explica o Dr. Cypess.

A próxima etapa do estudo é avaliar o efeito do frio sobre o teor de gordura marrom, com o corpo exposto a temperaturas amenas durante algumas semanas. Os voluntários terão que usar os coletes resfriadores por muito mais tempo.

“Terão eles os mesmos benefícios de saúde do que aqueles que passam o mesmo tempo fazendo exercícios físicos? Uma pergunta de bilhões de dólares”, conclui o Dr. Cypess. 

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