quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ar condicionado nos EUA: faturas elétricas menores são esperadas neste verão

Ar ambiente menos quente e uso de termostatos especiais devem reduzir consumo residencial com climatização

Termostato wireless de duas vias usado para programar ar condicionado a distâncias de até 35 metros 
http://cz118401537.trustpass.alibaba.com/product/115556478-102950043/Elektobock_BPT32_Wireless_Thermostat.html

A Agência de Informação em Energia (EIA, na sigla em inglês) dos EUA prevê uma redução média de 4,6% no consumo doméstico de eletricidade dos americanos, nos próximos três meses. 

A economia viria de dois fatores combinados: as temperaturas neste ano estão menores que em 2012 e o uso de dispositivos acessórios para controlar o funcionamento dos aparelhos de ar condicionado.

Mesmo com um aumento previsto para a tarifa elétrica residencial de 2,2%, o balanço econômico será favorável ao consumidor, especialmente para aqueles que adotem termostatos programáveis para diminuir o consumo nos dias mais quentes. 

“Nos últimos anos, o consumo elétrico residencial durante o verão tem sido cada vez mais sensível às variações de temperatura, principalmente devido ao maior uso de ar condicionado”, diz o comunicado da EIA. 

No artigo Can We to curb Our Addiction to AC? (“Podemos reduzir nossa dependência ao Ar Condicionado?”), publicado no site The Energy Collective, Catherine Tweed mostra a evolução do consumo elétrico durante o verão nos lares americanos, nos últimos vinte anos (gráfico). 

Consumo elétrico por usuário – valores médios nos meses de Junho, Julho e Agosto (FONTE: EIA 861 e 826 Databases, Short-Term Energy Outlook, Junho de 2013) 

“Aparelhos de ar condicionado respondem pela maior parte do consumo elétrico estival, mas a pilha de eletrônicos que acumulamos em casa também ajuda”, diz Tweed. 

Como pode ser observado, de 1992 a 2012, o consumo de energia per capita nos Estados Unidos passou de cerca de 2.600 kWh para 3.300 kWh, um aumento de 27%. 

O ritmo de crescimento do consumo verificado no período foi atenuado nos últimos três anos, por conta da melhor eficiência dos equipamentos de ar condicionado e da crise econômica que eclodiu no final de 2008, sugere a EIA. 

Se a recessão pode não durar para sempre, os ganhos em eficiência podem continuar crescendo. Mesmo que novas casas estejam usando mais ar condicionado central, elas estão mais propensas ao uso de isolamento térmico e de equipamentos mais eficientes, diz o texto de Tweed. 

Ela destaca o novo fenômeno comercial voltado a usuários de ar condicionado: termostatos, adquiridos à parte do aparelho de climatização, que podem reduzir seu consumo energético. 

“Cada vez mais as assembleias estaduais estão criando incentivos para que não só em grandes empresas, mas também nas casas possam ser instalados controladores programáveis para reduzir o consumo energético de ar condicionado durante o verão”, destaca Tweed.

No Brasil, onde a demanda elétrica de ar condicionado é alta durante o ano todo, pouco se faz para reduzir o consumo de energia das casas. Não há uma norma técnica relativa à qualidade térmica dos materiais de construção, nem o uso racional de recursos bióticos para atenuar a carga de calor imposta pelo sol às edificações.

No Nordeste, a potência média consumida na climatização residencial fica em torno de 200 W por m2 de área de planta, enquanto que nas ecobuildings europeias este consumo não passa de 40 W/m2.

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