segunda-feira, 1 de julho de 2013

AIE: ‘Renováveis devem superar gás na matriz elétrica mundial em 2016’

Países emergentes responderão por 2/3 do aumento da energia limpa gerada no planeta nos próximos cinco anos

http://www.blog-habitat-durable.com/article-les-energies-renouvelables-depasseront-le-gaz-d-ici-2016-dans-le-mix-energetique-mondial-118768523-comments.html

Em três anos e meio, o mundo estará produzindo mais eletricidade de origem renovável do que aquela gerada por termelétricas a gás. É o que aponta o segundo relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado no último dia 26. 

Apesar do contexto econômico difícil, a geração de energia com fontes limpas deve avançar 40% até 2018, diz o relatório MTRMR da AIE.

Os dados acima, que incluem hidrelétricas, indicam que as energias renováveis responderão pelo dobro de toda a capacidade nuclear instalada, até 2016. 

No ano passado, a quantidade de eletricidade limpa gerada no mundo (4.860 TWh) superou o consumo total de energia consumida na China. 

Se em 2011 a geração renovável representava cerca de 20% da matriz elétrica global, em 2018 a AIE prevê que esta participação será 25% maior. 

“Com seus custos diminuindo continuamente, as fontes limpas tem se mostrado cada vez mais vantajosas frente à nova geração de combustíveis fósseis”, declarou a diretora-executiva da AIE, Maria van der Hoeven. 

Junto com Turquia e Nova Zelândia, o Brasil é citado no relatório como um dos países onde a energia eólica se mostrou competitiva com termelétricas a combustível fóssil. 

Nos países fora da OCDE, liderados pela China, o crescimento de energias renováveis previsto até 2018 deve compensar com folga o ritmo mais lento do avanço das tecnologias limpas em outros mercados, principalmente na Europa e Estados Unidos. 

A AIE exalta a evolução do mundo rumo a uma matriz energética mais limpa e diversificada, mas alerta para que governos não pequem por “complacência”, particularmente os de países mais desenvolvidos (OCDE). 

Hoeven lembra que os subsídios para energias fósseis são seis vezes maiores que aqueles destinados às fontes renováveis. “Muitas [dessas fontes] ainda precisam de políticas de longo prazo em prol de um mercado previsível e confiável, com regulamentações compatíveis com os objetivos da sociedade”, concluiu. 

O documento (MTRMR) da AIE destaca, ainda, o avanço dos biocombustíveis em transporte e do uso de energia limpa em sistemas de aquecimento, embora com taxas de crescimento menores que a da eletricidade verde. 

Os biocarburantes devem representar cerca de 4% da demanda mundial de petróleo para o transporte rodoviário em 2018, ante 3% em 2012. 

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