http://www.iflscience.com/method-removing-carbon-dioxide-air-could-return-us-pre-industrial-revolution-co2-levels
(FOTO: Tom Wang/Shutter Stock)
Pesquisadores
americanos conseguiram uma expressiva redução de custo na fabricação de nanofibras
de carbono, usando como insumo o CO2 do ar.
Historicamente de fabricação difícil e onerosa, os nanotubos de carbono agora podem ser obtidos com eletricidade de baixa tensão, fornecida pela luz solar.
É
o que lograram cientistas da Universidade George Washington, liderados por
Stuart Licht, em uma pesquisa publicada recentemente na Nano Letters da
Sociedade Química Americana (ACS, na sigla em inglês).
O
estudo traz alento à produção em larga escala dessas estruturas de carbono. O
processo inovador utiliza dois eletrodos imersos em uma solução de carbonato de
lítio.
Quando
a eletricidade passa através da solução, as fibras de carbono começam a se
formar em um dos pólos da cuba eletrolítica (cátodo), enquanto oxigênio é liberado no outro (ânodo).
Sob
uma baixa tensão elétrica, fornecida por energia solar fotovoltaica, os nanotubos de carbono são produzidos a um custo
bem menor que o requerido por métodos tradicionais.
A
pesquisa do grupo americano é mais uma entre muitas que buscam capturar o CO2
presente na atmosfera e, sem seguida, sequestrá-lo.
Ou
utilizá-lo como insumo para a fabricação de materiais de alta performance, com
inúmeras aplicações tecnológicas, como os nanotubos de carbono.
Atualmente,
a produção dessas nanoestruturas de carbono a partir do CO2 atmosférico ainda
tem um elevado custo, daí a importância das pesquisas. Custa 30 a 100 vezes
mais que a produção de alumínio, diz um estudo do MIT.
No
que se refere à possibilidade de consumo do CO2 do ar como forma de reduzir a
concentração desse gás e, portanto, limitar o aquecimento climático, alguns
cientistas se mostram céticos.
“A
captura de CO2 do ar lida com enormes volumes de gás o que, em grande escala,
elevaria muito o custo do processo”, declarou a engenheira química Katy
Armstrong, da Universidade de Sheffield.
O
método desenvolvido pela equipe de Stuart Licht tem uma capacidade de produzir
10 g de nanofibras por hora.
“Se
o objetivo é fazer nanofibras de carbono, eu diria que é louvável, porque é um
produto que vale a pena. Mas se a ideia é retirar CO2 da atmosfera visando [com uma grande quantidade de nanofibras produzida] frear a mudança climática
causada pela concentração desse gás, eu ficaria surpreso se conseguissem”,
destacou Paul Fennell, pesquisador do Imperial College, de Londres.
Na
contramão do ceticismo, o Dr. Licht acredita que, em larga escala, o método
desenvolvido pelo seu grupo pode criar um efeito drástico sobre a concentração
atmosférica de CO2.
“Com
uma área menor que 10% do território ocupado pelo Deserto do Saara, calculamos
que é possível reduzir a concentração atmosférica de CO2 ao mesmo nível pré-revolução
industrial, num horizonte de 10 anos”, declarou Licht em evento recente da ACS,
em Boston.
Falta combinar com investidores e com o sistema financeiro internacional.
Falta combinar com investidores e com o sistema financeiro internacional.
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